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ENGODOS PARA MAR
ENGODOS PARA MAR

O segredo pessoal de cada pescador é o engodo. Os engodos destinam-se a atrair os peixes, variam de espécie para espécie, variam em função das condições da meteorologia, do pesqueiro e variam mais ainda de pescador para pescador.

Nas pesca no mar, quase todos os engodos têm como base a sardinha, aí existem algumas variações, esmagada, menos esmagada, sem cabeça, a esta massa de sardinha esmagada, mais ou menos liquida adicionam-se, alguns aditivos, farinha, ração para piscicultura, ração normal para animais, areia, enfim.... com base na sardinha e no óleo de sardinha faça os seus testes e verifique qual  lhe trás melhores resultados. Na pesca para mar existem mais algumas variantes, desde pão misturado com atum de lata a elementos doces à base de açúcar, camarão com mel por exemplo. Há pescadores que afirmam que os peixes são gulosos que o açúcar é o melhor isco para o mar, há muitos anos que se usa o anis e a groselha (campari) para a pesca à carpa, alguns pescadores estão a ter bons resultados com técnicas normalmente usadas em águas interiores, experimente a adocicar o seu engodo. Mas quem pode dizer qual o melhor engodo...... certamente que ninguém, a partir de todas as misturas já inventadas experimente e volte a experimentar. Além da sardinha pode utilizar ouriços (o sargo aprecia muito), mexilhões, caranguejos, cavala.

É com estes engodos, estudados, testados e passados ao longo de gerações que se conseguem atrair os peixes que estão longe, no entanto, é mais importante saber "engodar" do que, na maioria das vezes, o engodo, daí a diferença e algumas variações, os resultados variam não tanto pela diferença entre o engodo mas sim pela forma como se utiliza. A utilização de engodo em excesso faz com que os peixes de pequenas dimensões sejam atraídos, use engodo suficiente para atrair os peixes, não utilize em excesso, volte a engodar quando sentir que necessita novamente de atrair os peixes. A corrente pode fazer com que o engodo vá alimentar os peixes a quilómetros de distância, se assim for e em alguns locais, o engodo pode ser colocado localmente dentro de um recipiente que o deixe libertar lentamente, uma meia por exemplo. Experimente, seja inventivo.... o pior que pode acontecer é não apanhar peixe ... mas a maior parte das vezes pode não ser por causa do engodo... não desista se a pescaria for má, não relacione unicamente com o engodo.

Engodo Sardinha 

O engodo de sardinha é talvez dos engodos mais utilizados para o mar devido sobretudo à sua eficácia. A melhor sardinha para engodo é a sardinha gorda dos meses de Setembro e Outubro, é ideal para congelar para as pescarias de Inverno e Primavera, durante o Verão pode-se usar a sardinha fresca da época. É essencial o engodo ser fresco, ou seja, se a pescaria é no Domingo, no Sábado coloque a descongelar a quantidade de sardinhas necessárias para o engodo, assim, quando iniciar a jornada de pesca no dia seguinte a sardinha já estará descongelada e pronta para fazer um bom engodo.

Para fazer o engodo, junte sardinhas e areia num recipiente, esmague e misture a sardinha com a areia até formar uma massa consistente. O engodo de sardinha pode então ser utilizado, verifique se é consistente de modo a poder formar bolas que permitam o lançamento.

Vamos portanto deixar aqui alguns conselhos sobre o engodo mais comum (à base de sardinha) e alguns aditivos que devemos acrescentar em função do pesqueiro onde estamos e das condições de pesca.

As capturas mais comuns na nossa costa na pesca à boia são sem qualquer dúvida o sargo, tainhas e cavalas, temos ainda algumas espécies menos desejadas tais como as bogas e salemas que face ao pouco valor gastronómico são consideradas como “praga” pelo pescador desportivo, embora pela sua combatividade e porte a salema seja sempre uma captura difícil de efetivar.

Em comum estas espécies têm a gulodice pelo engodo à base de sardinha pelo que o pescador desportivo deve estimular esse interesse, de forma a manter o peixe no pesqueiro mas sem o saciar para que ele não abandone o local.

Vamos lá então ao engodo. A experiência diz-nos que a melhor sardinha para engodo é a sardinha gorda dos meses de Setembro e Outubro, esta é a sardinha ideal para congelar para as nossas pescas de Inverno e Primavera, durante o Verão podemos usar a sardinha fresca da época.

A palavra mágica para um bom engodo é “frescura”, o engodo deve ser o mais fresco possível, se vai à pesca no Sábado, na Sexta-feira retire da arca congeladora a quantidade de sardinha destinada ao engodo, quando for iniciar a ação de pesca a sardinha já estará descongelada e pronta para se fazer um bom engodo.

As regras para uma engodagem eficaz não são muitas, por isso vamos lá tentar cumpri-las:
Engodo para sargos em pesqueiros de laredos de 2 a 5 m de fundo: Retira-se a cabeça e a espinha às sardinhas e vão-se pondo as partes carnudas para dentro do balde, quando já tiver uma boa quantidade pisam-se com um pisador bem afiado, juntando-se aos poucos água do mar colhida no local até ficar com um aspeto pastoso tipo sopa. Engoda-se sempre quando a onda recua com uma concha para as pedras onde as ondas vão lamber, não se engoda diretamente para a água senão o engodo afasta-se demasiado depressa. A cadência da engodagem deve ser certinha, passada a 1.ª meia hora em que se engoda mais, uma concha em cada 3/4 minutos deve ser suficiente para manter o peixe no pesqueiro. Se o mar for um pouco forte e tiver muita corrente deve adicionar-se areia da praia ao engodo até ficar tipo argamassa. Engoda-se então fazendo pequenas bolas (tamanho bola de golfe) que se atiram para as pedras onde a onda irá chegar.

Este engodo misturado com areia também é usado para a pesca em pesqueiros altos e mares profundos pois permite a fixação do engodo no pesqueiro o que não seria possível sem aquele aditivo. Podemos ainda melhorar a eficácia do engodo acrescentando-lhe um pouco de óleo de sardinha.

Há ainda pescadores que gostam de apanhar as lutadoras tainhas. Embora o seu valor gastronómico seja reduzido a sua combatividade é muito apreciada e há até pescadores que se especializam na sua pesca, para estas o engodo deve ser extremamente aguado e sem pedaços, pode ainda acrescentar-se óleo de sardinha e farinhas próprias de peixe que para além de estimulante também funcionam para turvar a água, criando portanto melhores condições para efetivar-mos a sua captura.

Por fim um conselho final, não levem o engodo já feito de casa moído com berbequim ou até em blocos congelados como muitos pescadores fazem. Vão encontrar condições de pesca distintas conforme o local para onde irão, é em função das condições que irão encontrar que devem decidir a forma de fazer o engodo.

“Frescura” é a palavra mágica, além de que ao peixe é muito mais difícil resistir a um bom naco de sardinha acabado de arrancar a uma sardinha fresca.

Belisco 

É mais um engodo com base na sardinha, consiste basicamente em escamar a sardinha, retirar a cabeça e a espinha central ficando apenas com os filetes de carne limpos, estes desfazem-se na mão em pequenos pedaços fazendo-se pequenas bolinhas que se atiram para pedras onde as ondas vão rebentar, não se coloca engodo diretamente na água. É muito importante que todo o ato de manusear a sardinha seja feito apenas com as mãos ou eventualmente com o recurso a uma pedra. Devem ser evitados os objetos cortantes metálicos.

Engodo para sargos 

Retira-se a cabeça e a espinha às sardinhas e vão-se pondo as partes carnudas para dentro do balde, quando já tiver uma boa quantidade pisam-se com um pisador bem afiado, juntando-se aos poucos água do mar colhida no local até ficar com um aspeto pastoso tipo sopa. Engoda-se sempre quando a onda recua com uma concha para as pedras onde as ondas vão rebentar, não se engoda diretamente para a água senão o engodo afasta-se depressa de mais. A cadência da engodagem deve ser certinha, passada a 1.ª meia hora em que se engoda mais, uma concha em cada 3/4 minutos deve ser suficiente para manter o peixe no pesqueiro. Se o mar for um pouco forte e tiver muita corrente deve adicionar-se areia da praia ao engodo até ficar tipo argamassa. Engoda-se então fazendo pequenas bolas (tamanho bola de golfe) que se atiram para as pedras onde a onda irá chegar. Uma outra técnica é o belisco cada vez essencialmente porque o engodo é lançado com a mão, deixando o cheiro da sardinha. A areia e um pouco de óleo de sardinha podem ser aditivos úteis em pesqueiros altos e ou águas profundas, de outra forma não seria possível o engodo no pesqueiro.

Boas pescarias